Praça Vilmar Brum Mangeló

Vilmar, mais conhecido como Mangeló, o Carteiro, é natural de Uruguaiana/RS, nascido em 15 de dezembro de 1949. Filho de Rosalina Brum Mangeló e José Mangeló. Teve cinco irmãos: Erides, Milton Antônio, José Vanderlei, José Luiz e Wilson. Quando criança, Mangeló era chamado carinhosamente de “Sapo”. Gostava de assistir corridas de cavalo e de jogar futebol.
Um dos seus primeiros trabalhos foi como padeiro. Mas logo obteve aprovação em concurso público junto a Empresa de Correios e Telégrafos. Transferiu-se para Porto Alegre/RS, onde conheceu sua esposa Jureci. Casou no ano de 1977 e da união resultou dois filhos Wagner Alves Mangeló e Wallesca Alves Mangeló. Em seguida, passou a exercer suas atividades profissionais em Charqueadas, vindo a residir no bairro Sul América, juntamente com sua família.
Muito comunicativo e atencioso, mantinha uma boa relação com sua família e com os vizinhos. Sempre gostou de política, participava ativamente das questões partidárias e foi candidato a vereador no ano 1996 pelo PFL e em 2008 pelo PTB.
Sua profissão de carteiro o tornou uma pessoa conhecida na cidade. Escreveu por vários anos uma coluna no jornal "A FOLHA", que abordava os pontos positivos e negativos da cidade. Também tinha um programa na Rádio, que se chamava "Boca no Trambone", que trazia a voz da comunidade, com sugestões e críticas sobre a situação local. Foi conselheiro do Bairro Sul América no Orçamento Participativo e uma figura atuante junto ao Conselho Escolar da Escola Maria de Lourdes Freitas de Andrade, a qual foi Presidente por muitos anos.
Com mais de 30 anos de serviços prestados junto aos Correios, chegou o momento da aposentadoria. Em 2007, ficou viúvo de Jureci Alves Mangeló. Anos depois, em 2011, casou-se com Silvia Regina da Silva Rodrigues.
Vilmar Mangeló sempre gostou de atividades físicas. Com a aposentadoria, passou a dedicar-se a longas caminhadas diárias. Gostava muito de caminhar pelo bairro Sul América e também pelo Parcão. Constantemente era visto na “Pracinha da COHAB” acompanhado por seu cachorro “Gleude”.
Adorava reunir a família e ter todos por perto. Gostava muito de um churrasco e tinha um gosto eclético para a música, apesar de gostar de dançar ao som de música nativista ou “rancheira”. Era gremista. Seus programas de TV preferidos eram os de esportes.
O que mais gostava era o convívio com a família e o que menos gostava era de pessoas com postura negativa, sobretudo nas que faziam críticas ao seu trabalho voluntário na pracinha do bairro Sul América.
Citava frequentemente seu lema de vida: “Eu quero, Eu posso, Eu vou conseguir”. Quando queria motivar os familiares e amigos mais próximos dizia: Vai que tu consegue! Consegue sim! Sempre insistia que não deveríamos nos abater pelos problemas, pois estes “divididos por dois, dá menos ainda”.
Seus netos foram sua paixão: Eduarda, Manuela e Gabriel.
Sempre foi muito comunicativo. Adorava dialogar com as pessoas. Procurava estar sempre atualizado dos assuntos do mundo, do país e também de sua cidade. Tinha sempre uma forte opinião sobre os mesmos.
Nos últimos anos de vida passou a dedicar-se às questões ligadas à natureza e à conservação do meio ambiente. Era um ativista ambiental, em um tempo que pouco se falava e fazia para conservar a natureza e o meio ambiente. Mangeló era um idealizador, sobretudo um homem realizador.
Foi assim que podia ser diariamente encontrado. Junto à natureza. Dedicava-se diariamente à limpeza e à conservação da Pracinha do Bairro Sul América, onde hoje está estabelecido o CEU. Limpava, capinava, recolhia lixo, cortava grama, plantava flores e árvores frutíferas e para sombra. Um trabalho voluntário que realizava com amor e dedicação e que, muitas vezes, era motivo de incompreensão por parte de pessoas que não entendiam a importância da colaboração da comunidade na preservação do patrimônio público. Mas ele não desistia. Era incansável e determinado!
Faleceu no dia 19 de março de 2020, vítima de um atropelamento, enquanto fazia uma caminhada matinal. Homenagear Mangeló, dando seu nome a Pracinha no Bairro Sul América em Charqueadas, é reconhecer e valorizar a participação da comunidade na preservação do patrimônio público. É também prestar uma justa e derradeira homenagem a este cidadão Charqueadense, eternizando junto a comunidade e junto a cidade, a atuação deste grande homem.